terça-feira, 9 de novembro de 2010

Paul McCartney no Brasil


No alto dos seus 68 anos, com um pique de dar inveja a muito jovenzinho, Paul McCartney fez uma apresentação para ser lembrada em 7 de novembro de 2010, no estádio Beira-Rio, Porto Alegre – RS e eu estava lá. Não somente por se tratar de um ex-beatle, ou por seu título inglês de “Sir Paul McCartney”, MacCa merece o devido reconhecimento por figurar entre o seleto grupo de artistas que permanecem entre os “que ficam” depois que a histeria acaba.

Pra mim, muito mais do que um cantor/compositor renomado, Paul representa a passagem de uma época que por não ter vivido simplesmente “ inventei”, ou melhor, experimentei uma vivência particular, íntima que não tem a ver com presença física, mas com identificação . Como esquecer a minha paixonite adolescente pelo baixista canhoto do quarteto de Liverpool e por toda aquela atmosfera que os Beatles de maneira anacrônica traziam até mim lá pelos 14 ou 15 anos? Improvável, impossível. Não quero jamais olvidar a pureza das letras “bobas” tal qual a dos dias mais inocentes da minha vida.

Os anos chegam, a gente cresce, passa a escutar outros sons e finalmente acha que amadureceu, o engraçado é que há um certo ponto em que tudo parece repetição, pastiche, então se “volta ao lugar que uma vez se pertenceu” e “deixa ser”. O sonho não acaba, se reinventa. Paul é essa constante reinvenção.