sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Música e Identidade Tribal


A música e o tribalismo urbano, uma mistura indissociável que aliada à moda dá aos diferentes públicos o sentimento de identidade. Agregar-se é uma necessidade do ser humano, nesse contexto a identificação com determinado estilo é peça fundamental para se encaixar em um grupo. O gosto musical chega a ser quase uma exigência simbólica que segrega e define as tribos nessa grande aldeia global onde vivemos.

E quando a aparente divergência de gostos leva ao preconceito ao até mesmo a violência? Punks versos Skinheds, qual o cacique mais poderoso? Nesse momento voltamos ao primitivismo, para as guerras entre tribos. Qual a diferença entre o passado e o presente? Os povos primitivos guerreavam por território físico, as tribos urbanas guerreiam por um território simbólico que perpassa pelo campo da insegurança e da auto-afirmação de cada indivíduo.

Onde está a contradição? Está no hibridismo de todas as coisas, principalmente da música. Ritmos como o rock – resultado da mistura de estilos como o Jazz, o blues, a música country entre outros – provam que nada é uma construção única e isolada, tudo agrega contribuições diversas. Nenhum discurso se edifica sozinho, logo qual a lógica em repelir tão ferozmente determinados estilos se tudo está relacionado?

Os jovens parecem ter entendido isso e em uma tendência mais atual, o que se percebe são tribos heterogêneas, o roqueiro que escuta samba, o pagodeiro que curte música eletrônica. Esse sincretismo é benéfico afinal é a partir da mistura das cores que obtemos tons sempre novos, é a partir da fusão dos diferentes pensamentos que a arte se renova e o ser humano também.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Debate no ICS

No último dia 26 (quarta-feira) os candidatos à reitoria da UFPA se reuniram novamente a fim de discutir e apresentar propostas para o quadriênio 2009-2013, no segundo debate promovido pela parceria ADUFPA/SINTUFPA/DCE.

A reunião que aconteceu no Instituto de Ciências Biológicas (ICS) começou com polêmica. Pode parecer engraçado, mas o motivo do “bafafá” foi o tamanho discrepante dos banners, mais precisamente o banner incrivelmente grande do candidato Maneschy. Polêmicas a parte, acho que quem não tinha se decidido por candidato algum até o momento, pôde conhecer melhor o perfil das opções que a comunidade acadêmica tem para a administração da Universidade nos próximos quatro anos.

Provocações, deboches, exaltações da platéia. Aconteceu de tudo que uma “boa” guerra política tem direito. No 1° bloco de perguntas, os candidatos se apresentaram. O primeiro a falar foi Ricardo Ishak que prometeu implementar uma proposta ousada na redistribuição dos recursos da Universidade baseando-se no desenvolvimento do tripé Ensino/Pesquisa/Extensão. A Segunda a fazer uso da palavra foi Ana Tancredi. A candidata possui o apoio do movimento estudantil e promete dialogar com todas as vertentes acadêmicas de forma democrática. A terceira a falar sobre suas propostas foi a atual vice-reitora, Regina Feio, que enfatizou o perfil dos profissionais da saúde que a Universidade deve formar, ressaltando que a postura profissional dos egressos deve ser voltada para o Sistema Único de Saúde. O último a falar foi Carlos Maneschy. O candidato falou sobre uma reestruturação da Universidade com promessas e mais promessas sobre mudanças.

Os blocos de perguntas entre candidatos foram bastante agitados. A nota do curso de Medicina no ENADE não poderia deixar de ser citada. Os ataques dissimulados, diretos e indiretos foram freqüentes, a manifestação do público que tentava fugir à passividade, enfim, foi um debate com cara de debate no circo em si, mas quanto à consistência do conteúdo discutido, há restrições. Muitas propostas evasivas, desconhecimento e perguntas sem resposta. Vamos ver o que nos espera nos próximos quatro anos.